Eu preciso admitir… você mexe comigo.

De todas as coisas que poderia me tocar profundamente, você era a última pessoa que imaginaria. Você me faz querer te apresentar as pessoas mais importantes da minha vida, te querer em todos os lugares que vou e por incrível que pareça, dormir e acordar ao teu lado. É incrível como do nada, você conseguiu entender cada pontinho descoordenado da minha personalidade. Faz tão pouco tempo, e parece que faz tanto. A gente ainda mal se conhece, preciso admitir. Cada dia é uma surpresa, mas nada que descubro muda o que sinto por ti. Não posso dizer que é amor, talvez nunca possa. Mas sei que te gosto e espero, sinceramente, que o meu te gosto seja o suficiente para continuarmos assim. Juntos.

Eu entendo perfeitamente que você queira alguém pra desabafar e que te ajude a se achar quando tu perde o rumo. Também entendo que, às vezes, a cabeça está cheia que nem sequer se dá por conta que nem me perguntou se estou bem. Eu juro, entendo. Entretanto essa nossa relação tem que ser uma via de mão dupla, sabe. Com toda certeza eu deixaria de pensar o que quer que seja para te ouvir e aconselhar, mas você deveria fazer o mesmo. Eu encher minha cabeça com todos os teus problemas enquanto tu esvazia a tua é bom, mas já pensou em pensar como anda minha situação? Tem dias que eu só quero chorar, outras que só quero conversar. Só que, bem, eu não tenho com quem contar pois você está a despejar desgraças em meus ouvidos sem notar que meus olhos estão vermelhos e que minha mente está em outro lugar. Talvez a nossa amizade poderia ir para frente. Talvez eu pudesse ser a madrinha do casamento que eu tanto te encorajei a continuar insistindo. Talvez a gente se tornasse melhores amigos. Talvez isso acontecesse se ao invés de pensar só em ti, você olhasse ao redor. Há mais vida além da tua, não esqueça disso.

Férias da alma.

Minha alma que tanto ansiou por uma folga, hoje encontra-se em paz. Não sei vocês, mas para mim conseguir sossegar nunca foi tão fácil. Eu acabo me cobrando demais, as pessoas criando muitas expectativas em relação a mim, além dos afazeres da vida que apesar dos pesares  acaba indo. Às vezes, para frente outrora para trás. Entretanto, estas férias que não parecem férias estão sendo para mim a brisa no verão, o chocolate quente no inverno, a Netflix aos domingos, entende? Tudo acontecendo calmamente, sem pressão. E não teria nada melhor que começar o ano desta forma. Em paz consigo mesma. Hoje, eu acordo e agradeço e não poderia ser diferente. As coisas estão fluindo, nem sempre da forma esperada, mas os resultados são melhores que os planejados e eu estou ainda aqui podendo mudar o que me atrasa e realizando aqueles pequenos objetivos que sempre quis, mas nunca fiz. Sendo quem quero ser. Saindo com eu quero e principalmente bebendo além do permitido. Enfim, aproveitando a vida.

Quando estava desistindo de ficar naquela festa cansativa e com pessoas extremamente bêbadas, você apareceu me pedindo uma dança. Sem nem ao menos te olhar já aceitei o convite, se não dançasse não conseguiria ficar mais nem um minuto ali e você me apareceu como meu salva vidas. Você sabia dançar o que já deu um alívio na alma. Acabou a música e eu estava esperando você chegar em mim e a gente se beijar e você sumir. Mas… você me surpreendeu. Continuou a me segurar e começamos então a dançar a próxima música. Naquele momento eu já não sabia mais o que estava acontecendo, em festas daqueles gêneros não é normal alguém te puxar somente para dançar. Só que você estava até então sem nenhuma pretensão, apenas me levando ao compasso daquele sertanejo. Até que você começou a me fazer perguntas, o que também não era normal. A gente começou a conversar, você dizendo que estava com alguns amigos. Acabou a música e paramos. Nos olhamos e depois de um certo tempo me convidou para me juntar a teus amigos. Naquele momento já tinha perdido minhas amigas e se não ficasse com ele estaria sozinha e perdida. Fui, ele me apresentou um conterrâneo e começamos a dançar. Dado algum tempo dançando loucamente, sinto suas mãos novamente em meu corpo e me puxando ao teu corpo. Devo admitir, aquilo estava saindo melhor do que esperado mais surpreendente do que imaginado. Me deixei levar. Você foi para trás de me corpo e ali já percebi que não sairia ilesa. Nossos corpos entraram em sintonia. Eu como uma bela puta roçava meu corpo ao teu, quando percebi algo mais tomando forma atrás de mim, fiquei louca. Tenho um fascínio por excitar e ser excitada em meio ao público. E ali estávamos. Tuas mãos em todo meu corpo enquanto me deixava levar e descia até o chão. Quando estávamos no ápice da loucura, você me puxou cara a cara e começamos a nos beijar. Foi quente. Eu te apalpava a bunda enquanto moía minha boceta em tua coxa e tu me apertava os seios. Se tinha alguém vendo, já não me importava. Eu te mordia, te arranhava e você permanecia aos meus comandos enquanto apalpava meus seios e bunda. Você queria sair dali, pra foder. Eu já queria ficar ali desfrutando do obsceno aos olhos do público. Te mordi a alma, enquanto você me possuía apenas ao toque. Depois de um bom tempo sendo fodida indiretamente, me despedi lhe dando um beijo de segundas intenções. Você querendo me levar para o hotel onde estava hospedado e eu já molhada pela falta de pudor disse que não, mas trocamos contato. Aquele pedacinho da noite era um prenuncio do que poderia ter sido se estivéssemos entre quatro paredes. Vim pra casa excitada, mas satisfeita. Como para não perder o costume, cheguei em casa e me masturbei pensando em você. Gozei e dormi. Como um anjo, não como a puta sem pudor que você conheceu.

Se tu estivesse aqui te colocaria deitado e sentaria em teu rosto a procura do meu orgasmo. Rebolaria até minhas pernas bambas ficar e minha fala gaguejar. Gotejaria em tua boca e depois de satisfeita retribuiria de tal forma que uma noite ia ser pouco.

Beber

Queria beber… ficar naqueles fogos que a única coisa que tu sabe é que tu não sabe como chegar em casa. Beber pra esquecer, pra descansar a alma. Tá cansativo demais, rotineiro demais, tudo demais e como dizem: tudo que é demais faz mal. Estou feliz, mas meu corpo não consegue acompanhar o ritmo que quero levar e vai se esvaindo ao decorrer do dia que chega um ponto que tu não aguenta, sabe? É trabalho subindo e descendo escadas, é acordar 6h:20min para chegar a tempo na aula das 07h:30min, é academia, palestras, aulas até as 22h, trabalho para enviar até as 23h:59min. E no outro dia também, e sábado também e assim consequentemente. Ás vezes bate um medo de que até o fim da graduação eu viva dessa forma. Desespero de saber que 24h já não são mais suficientes. Que sou escrava do meu relógio. Medo, desespero, cansaço, tempo, solidão. Preciso beber. Beber pra caralho, já te falei isso?

Hoje eu acordei disposta. O sol surgindo, o calorzinho, o movimento das pessoas saindo de casa me dá um gás. Em pleno sábado – antes tarde do que nunca – decidi recomeçar minha vida. Colocar pontos onde haviam vírgulas, e por vírgulas em assuntos que já tinha posto um ponto final. Se o risco disso é me trazer tormentos, que seja! Quero mudar de vida, de metas, de sonhos. Recomeçar não do zero, pois já fiz muito para chegar até aqui para largar de mão. Mas continuar onde parei e parar onde a tempos insisti em coisas/momentos que não valem a persistência. Acho que nem chegaram um dia a valer.

E pra fechar, uma frase do livro O Andar do Bêbado que estou lendo atualmente e que resume bastante minha vida e no ponto ao qual chegou:

“O desenho de nossas vidas, como a chama da vela, é continuadamente conduzido em novas direções por diversos eventos aleatórios que, juntamente com nossas reações a eles, determinam nosso destino.”

MLODINOW, Leonard.

Chega aqui, coloca tua boca em mim. Me faz gozar na tua cara, me faz te implorar pra me fuder. Me chupa, me morde, enfia forte. Brinque com meus seios, morde os mamilos, belisque. Puxa meu cabelo, dá tapa na cara. Me chama de puta. De vadia. E me fode. Faça eu esquecer de tudo. Fode duro, me faz gozar. Que eu te chupo, engulo e ainda peço mais.

Como as coisas podem mudar da água pro vinho em um curto intervalo de tempo, eu não entendo. Faz apenas algumas horas que escrevi sobre quão completa eu me encontro ultimamente e o quão feliz estou com esta constatação e agora recebo uma mensagem no whatsapp e depois uma ligação de meu pai. A exatamente uma hora atrás. Ele veio a mim para contar a tragédia que ocorreu em minha cidade natal, minha “tia” uma pessoa de boa índole, mãe e pai e 3 filhas. Uma da minha idade e duas gêmeas, acabou de cometer suicídio. Juro que quando meu pai disse eu pensei em todas as Márcias que conhecia ou que talvez meus pais conhecessem, mas não ela. Se eu sabia que ela estava em depressão? Não, mas através dos seus post no facebook eu tinha vários nuances que as coisas não estavam tão fáceis, mas ela sempre foi tão dramática que pensei que fosse aqueles momentos tristes que nos pegam desprevenidos sabe? Agora se torna um fato. Liguei incessantemente para todos os táxis que conheço para marcar um horário, pegarei o primeiro ônibus e me vou para minha cidadezinha que pretendi ir somente no feriadão de setembro para despedir-me de mais uma vida que se vai. Ainda não caiu a ficha, e acho que vai demorar. Ela que tanto lutou, que sempre tentou dar do bom e do melhor aos seus filhos quando sabia que não podia contar com o pai deles, pois este mal consegue largar os vícios das drogas, hoje parte para longe. E agora vou lá para despedir-me dela. Um ultimo adeus… nem que seja por alguns minutos.

É incrível que quando se sabe onde chegar, você torce para o fim de semana acabar, por que PORRA!! amanhã o dia promete. Ficar sozinho em casa não te deixa chateado, pelo contrário, você põem a música no último volume, canta até ficar sem voz, dança até não sentir mais as pernas e ri como se estivesse ouvindo a melhor piada do mundo. Segunda-feira já não é um martírio. Acordar cedo deixa de ser castigo e sair de casa é como sair para conquistar o mundo. Quando a gente chega nesse ponto onde cada dia é especial, que você realmente está completa, preenchida por diversos fatores, bons e ruins e isso parece não te afetar. As coisas boas sempre perpetuam para dar a força que precisamos para continuar. Eu estou sentindo que a vida começou recém agora. Que eu posso mudar o meu mundo, que louco né? É satisfatório saber que estou tomando o caminho para meus desejos, deixando medos bobos para lá e correndo ao máximo que posso para recuperar tudo que deixei pra trás. Estou tão completamente feliz que quando penso nisso dá até vontade de chorar. Lágrimas de felicidade, obviamente.